terça-feira, 27 de outubro de 2009

Rota 66









Giovanni

Quando puder faça esta viagem é muito legal!

Uma aventura na famosa Rota 66, considerada a estrada mãe dos Estados Unidos e muito respeitada no mundo inteiro, é como mergulhar no passado dos anos 60, dos Corvettes, dos Cadillacs conversíveis, do filme Easy rider. Retiramos as motos alugadas na Eaglerider, as legítimas Harley-Davidson 1.450, modelo Road King, Fat Boy e Electra Glide todas semi-novas e com pneu 0km, prontas para rodar no deserto, apesar da Fat Boy ser minha preferida resolvi experimentar uma Road King para percorrer um dos trechos mais charmosos da histórica Route 66, no centro-oeste americano, e de quebra, visitar parques nacionais ao seu redor: Grand Canyon e Zion National Park no estado de Utah, aliás, quem tiver um tempinho, não deixe de pesquisar na internet o Zion, é maravilhoso.

Estávamos em 9 pessoas em 8 motos, todos brasileiros, e nossa aventura começou em Santa Mônica - Los Angeles que dispensa apresentação Hollywood, Beverly Hills, Calçada da Fama, lojas de todas marcas famosas, lojas da Harley Davidson, etc..., mas antes ainda visitamos uma das maiores lojas de motos e assessórios do mundo chamada “Chaparral“ fantástica, pois bem, fomos em direção a Barstow (180 Milhas), debaixo de uma pequena garoa um pouco preocupante, a pista estava escorregadia e algumas pessoas do grupo demonstravam um pouco de receio de partir logo de cara com pista molhada, mas todos seguiram em frente com cuidado em direção ao lago Big Bear (grande urso), que serviu de inspiração para a criação do personagem Zé Colméia e já no caminho fomos aos poucos encontrando pista seca e o sol abriu de vez e foi até o final de nossa viagem brilhando.

Na cidade de Barstow, onde fica algumas bases militares, a Harley Road King parecia estar em casa de Barstow até Laughlin, no estado de Nevada, percorremos mais 180 milhas, passando pela cidade-fantasma de Calico (com infra-estrutura para receber turistas) e pelo famoso Bagdá Café, local do clássico filme de mesmo nome, quando começamos a ver os logotipos Route 66 no asfalto o coração começou a bater mais forte, é uma sensação de estar fazendo parte da historia e de conquista, olhava para os olhos do pessoal do grupo e sentia a emoção que cada um estava passando naquele momento “é difícil explicar certas coisa com palavras”. Durante todo o percurso da Rota 66 podemos ver fotos, reportagens, depoimentos, dedicatórias, etc... de varias pessoas famosas e não famosas que por lá passaram.

Chegamos em Laughlin (cheia de cassinos) com a gasolina no limite em duas motos, cruzamos o Rio Colorado, que iria fazer parte de nossa viagem durante os próximos dias, e entramos no estado do Arizona para percorrer mais 190 milhas até Williams. A Rota 66 neste trecho está bem preservada, inclusive na pequena cidade de Oatman, que se orgulha de ter recebido o ator Clark Gable em sua lua-de-mel. Surgida com os mineiros, a cidade também é conhecida pelos burrinhos soltos pela rua desde a época do ouro, que também fica cheia de motos. Depois, mais uma incrível serra (montanhas do complexo Cottonwood) e trechos de deserto, para entrarmos na região dos índios navajo.

Grand Canyon
Nesta etapa fizemos parada em Hackberry, lugarejo perdido no meio do nada, com um posto, tipo 'última chance', com direito a um Corvette vermelho na porta e decoração típica da época, além de uma lojinha com produtos Rota 66. Também nos aproximamos do incrível Grand Canyon. A Harley Road King parecia saber o caminho de cor e sempre pronta cruzar grandes distâncias.

Na pequena cidade de Williams, a Rota 66 virou a rua principal, a despeito da moderna Interstate 40, bem ao lado, mas sem o mesmo charme. Neste ponto, a modernidade acabou prevalecendo e a Rota 66 foi engolida pela highway. Fizemos um desvio, sempre no Arizona, em direção ao Parque Nacional do Grand Canyon, com o Rio Colorado ao fundo.

Em Page mais uma típica cidade americana dos anos 60, em trecho de 200 milhas que mesclou o incrível visual do enorme Canyon, que fomos contornando pelo Norte, com mais deserto, que ressecava boca, olhos e nariz.

De Page, percorremos mais 170 milhas, até a pequena Springdale, atravessando o sensacional Parque Nacional Zion, no estado de Utah, com altas montanhas de pedras verticais, que parecem ter sido cortadas à mão e de acordo com a posição do sol você ficava de frente com uma montanha vermelha, marrom ou amarela; uma coisa espetacular

Seguimos para a etapa final: Las Vegas mais 165 milhas, desta vez, percorridos na Highway e foi quando a ficha caiu e percebemos que estávamos chegando ao fim, mas ainda curtimos com euforia os últimos momentos na estrada atravessando montanhas e desertos com bastante vento lateral, em mais um visual delirante.

Chegando em Las Vegas, percebemos que esta é uma cidade fantástica com enormes construções e muitos Shows, é simplesmente um espetáculo a céu aberto, onde para conhecer tudo teríamos que ficar +/- 10 dias, mas este não era o nosso objetivo. As motos alugadas foram devolvidas no mesmo dia que chegamos, para quem for já aviso que não há necessidade de veiculo em Las Vegas, é muito mais prático um táxi ou ônibus, que pode te levar a qualquer lugar por preço bem barato, detalhe: os ônibus só trafegam em linha reta em Las Vegas. Por fim, finalizamos nossa excelente viagem na churrascaria Texas do Brasil, onde fomos muito bem atendidos pelo brasileiros que la trabalham. Foram 1.160 milhas (1.866 quilômetros) em plena casa e hábitat das Harley Davidson e com quase 600 fotos tiradas.

Meta a gente busca...

Caminho a gente acha...

Desafio a gente enfrenta...

Vida a gente inventa...

Saudade a gente mata...

Sonho a gente REALIZA !!!!

Davis

2 comentários:

Talita Gomes disse...

Parabéns!

Parabéns pela realização desse sonho. Você merece!

Que esta seja a primeira de suas aventuras internacionais!

natalino disse...

Parabéns. Este ano quero (e vou) também realizar este sonho. Não sei qual a melhor forma (agencia?....) Mas ler as experiencias, como a sua, faz o desejo aumentar sempre mais. Abraço.