segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pedágio para Motos

O governo do Estado de São Paulo, há 32 anos, baixou um decreto permitindo que as motos trafegassem sem pagar pedágio pelas rodovias estaduais. Esse decreto, porém, foi revogado em 2008 e, desde o mês passado, as concessionárias recém-nomeadas começaram a cobrar dos motociclistas um pedágio de R$ 0,75 a R$ 4,30. Elas argumentam que, com o aumento nas vendas de motos, cresceram também gastos com socorros médico e mecânico.
Só nas rodovias Castello Branco e Raposo Tavares, a ViaOeste diz que gastou R$ 15,7 milhões com motos em 2007. Esse valor era subsidiado por automóveis e caminhões. A concessionária Rota das Bandeiras, que assumiu a rodovia D. Pedro I em abril, admite que "veículos acabam pagando a parte referente a das motos". Ou seja, ao cobrar de motos, a tarifa para carros deveria ser reduzida. Mas só a Ecopistas, que desde junho controla o eixo Ayrton Senna-Carvalho Pinto, diminuiu essa taxa.
As outras concessionárias mantiveram a tarifa dos automóveis inalterada. A Rota das Bandeiras anunciou que não irá reduzir o valor dos carros em setembro, quando começará a cobrar de motos. As rodovias Dutra e Régis Bittencourt também passaram a cobrar de motos e não reduziram a tarifa de carros. Marcelo Rezk, gerente da Nova Dutra, nega que os carros estivessem pagando pelas motos: "Não cobrávamos antes porque o volume de motos era pequeno." A Ecovias, do sistema Anchieta-Imigrantes, diz que o seu contrato não permite a cobrança, mas a empresa está preocupada com os "acidentes de motos pequenas, sem perfil para trafegar em rodovias de alta velocidade".
Fonte: RICARDO RIBEIRO, da Folha de São Paulo

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