Giovanni, Bom dia.
Como você pediu, estou relatando o BCBW.
Eu gostei demais do evento. Foram 300 inscritos, todos muito alegres e animados. Foi bem organizado e as atividades fizeram com que o final de semana voasse. Nem a chuva e o frio desanimaram a turma para o passeio do sábado até o restaurante na praia das Laranjeiras.
Bom, com relação à chuva e ao frio, por incrível que pareça, acho que acabou dando o tempero especial para o evento. Cada grupo que chegava, aparecia com uma história de aventura mais maluca que a outra. Tanto que cada um ficou conhecido: “ah, você é daquele pessoal que veio de tal maneira”. Deu uma sensação de missão cumprida. Passamos por isso tudo e estamos aqui.
A saída foi na sexta-feira às 8:00 h da loja do Pimenta. Tinha escolta policial até Balneário Camboriú. Como eu nunca havia viajado com escolta, estava animado com a idéia. Foram três policiais que vieram de Florianópolis para nos acompanhar até lá, com Harleys, é claro.
Pelo relato de vocês com os passeios do Hog, achei que a escolta fosse lenta e que a viagem seria muito demorada. Mas foi o contrário, os policiais puseram-nos para andar, e andar bem, independente de chuva, neblina, vento ou pista escorregadia. Claro que sabiam exatamente o que estavam fazendo.
A viagem acabou demorando muito pelo excesso de paradas que fizemos. Realmente não aguentávamos mais os frios nas mãos (todos, inclusive os policiais) e alguns nos pés. Esse negócio de bota e luva impermeável é pura lenda; esquece que uma hora vai entrar água ou umidade suficiente para gelar seu pé.
Nos pés eu não passei frio porque minutos antes da saída resolvi comprar aquelas “camisinhas para botas” no Pimenta. Dobrei assim a proteção da minha.
Uma turma se reuniu a nós em Registro e outra em Curitiba. Ao final viajamos em 19 motos, incluindo as dos policiais. Durante todo o trajeto choveu. Acho que andamos menos de 80 km sem chuva, por sorte na subida da serra da Régis.
Foi depois de Joinville que a chuva ficou realmente forte. E a escolta não reduziu o ritmo da viagem. Um grupo, do qual eu fazia parte, acabou ficando um pouco para trás, com apenas um dos policiais. Embaçava óculos, viseira e havia chuva e neblina. Só víamos a lanterna da moto da frente e tivemos que trafegar sempre na pista da esquerda, o que aumentava o risco com os carros e caminhões. Em outro grupo, viajando nas mesmas condições, um caminhão bateu na traseira de uma Heritage, destruindo a parte de trás e um dos alforjes. A moto só ficou em pé por ser uma Harley e pela perícia do motociclista.
Claro que chegamos uns verdadeiros cacos no hotel e o único incômodo foi os efeitos posteriores nos dedos, praticamente congelados. Até agora não os sinto direito.
Encontramos por lá o Xisto e o Adriano. Eles saíram também no domingo, acho que um pouco mais cedo que a gente. Encontramos também todo aquele pessoal do RS que almoçou com a gente em Campos do Jordão. Perguntaram por vocês e mandaram um abraço a todos. Claro que xingamos vocês pra cacete por não terem comparecido - hahahahahaha. Nos convidaram para juntarmos a eles em um evento para Punta Del Leste nos dias 5 a 8 de dezembro. Estou pensando em ir.
A volta foi a mesma coisa. O grupo se dividiu entre os horários de saída. Saímos as 7:30 h da manhã com uma chuva inacreditável que melhorou um pouquinho logo depois. Viemos em oito motos e andamos até mais que na ida. Organizamos melhor também as paradas e o tempo no pedágio, com uma das garupas organizando todos os pagamentos. Na ida o Pimenta, sozinho na moto, pagou todos os pedágios.
Viemos tranquilamente, na velocidade da estrada (mesmo com chuva) e muita cautela nas curvas, por causa de óleo e eventuais buracos. Parou de chover exatamente na divisa do Paraná com São Paulo, que também é exatamente a metade da viagem.
Se vale como dica, a conselho do Pimenta, comprei uma luva daquelas de lavar louças para mim e para Liège, e coloquei por cima da luva normal – a menor que eu tinha. A liège usou uma de lã por baixo. Apesar de ridículo pra valer – mas muito ridículo mesmo – o problema do frio horrível nas mãos foi resolvido. Vários usaram esta estratégia na volta. Ou luva de louça por cima ou luva cirúrgica por baixo (menos eficiente). Quem não usou sofreu novamente o congelamento das mãos até metade da viagem, quando a chuva parou.
Depois de gastar absurdos com luvas, insatisfeito sempre com a antiga, resolvi meu problema com R$3,89 que é o preço daquela porcaria de borracha. Quando pára de chover, é bom tirar logo, pois além do mico, começa a dar um cheiro de borracha queimada de caminhão.
Chegamos em São Paulo por volta das 16:30 h e ainda fui dar uma rodadinha pela marginal e passar uma ducha na moto no posto BR, na saída da Cidade Jardim.
Essa é a segunda vez que desço para a mesma região de moto e pego o mesmo clima. E lamento não poder ir daqui a duas semanas, de novo, para Blumenau no evento do PHD.
Essa é a segunda vez que desço para a mesma região de moto e pego o mesmo clima. E lamento não poder ir daqui a duas semanas, de novo, para Blumenau no evento do PHD.
Bom, é isso. Já estou ansioso pelo de Araçatuba. Pelo carma que tenho, com certeza, iremos novamente na chuva.
Um forte abraço
Maurício e Liège
Um comentário:
Maurio, Liege e todos amigos de SAMPA, vamos nos organizar por ai para ir a PUNTA no final do ano. Se for o caso mandem as motocas para Porto Alegre que a gente recebe, carro de apoio tem po aqui. Grande abraço,
REI
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